Nas redes sociais, cresce a comunidade literária – e é cunhado o termo “bookstan”, o que gera debates sobre o consumismo inconsciente. Estantes particulares abarrotadas de livros, esteticamente cirúrgicas, reproduzidas de um modelo padrão.
O livro é comprado como objeto ou literatura sem senso crítico, colocado num pedestal onde não se pode manuseá-lo livremente.O ato de ler apenas agrega à autoimagem do consumidor-leitor, sobrepondo o prazer do enunciado à enunciação ou vice-versa, sem lhe ser complementar.Por isso, o fandom dos leitores não poderia ser somente “leitores”. Além de ler, eles acompanham as novidades, sabem da vida do autor, analisam aquilo a fundo.
Um bookstan é um leitor, só que a palavra “leitor” é muito pouco para descrevê-lo. Bookstan = Book + stalker + fan."Bookstan" é um termo
mais moderno que combina "book" (livro) com o sufixo
"-stan" que pode ser encontrado em redes sociais como o Instagram,
utilizado para indicar um perfil dedicado a um tema específico.
Portanto, "Bookstan" refere-se a um perfil ou conta nas redes sociais dedicadas a compartilhar conteúdo relacionado a livros, como resenhas, recomendações, fotos de livros, referências literárias e assim por diante. É uma forma contemporânea de expressar o amor pela leitura e se conectar com outros entusiastas literários online.
Seja você um leitor ávido em busca de novas recomendações, um estudante que precisa de insights para trabalhos acadêmicos ou alguém em busca de uma leitura cativante, aqui você encontrará análises reflexivas e imparciais para orientar suas escolhas.
Dedicamo-nos a explorar uma ampla variedade de gêneros e estilos literários, levando análises honestas e perspicazes sobre cada obra. Queremos compartilhar nossas experiências de leitura, destacando os pontos fortes, as mensagens importantes e as reflexões que essas obras nos proporcionaram.
Nossas resenhas são escritas com paixão e respeito pela obra e pelo autor, buscando capturar a essência da história e transmitir nosso entusiasmo pelas palavras impressas nas páginas.
Acompanhe-nos nesta jornada literária e descubra novos livros, autores talentosos e narrativas que vão envolvê-lo do início ao fim. Permita que nossas resenhas sejam seu guia para uma experiência de leitura enriquecedora e emocionante.
Além disso, vivemos na era da superinformação, da tecnotrônica, da sociedade disruptiva saturada de informações que nada pode distinguir do ruído de fundo geral. Vivemos na era da memória. Não somente pelas nuvens digitais com milhares de fotos, mas às vezes também por um culto ao pretérito, ao vintage, ao retrô, ao clássico. Seja no quesito estético, mercantil, intelectual, social, seja por permanências retrógradas ou demanda por justiça, em meio ao futurismo acelerado do século XXI, a sociedade respira pelo passado, para sentir pertencimento ou dar voz à sua luta. Afinal, essa questão vai de brechós e adaptações cinematográficas de Jane Austen até políticas públicas para redemocratização e pagamentos de débitos históricos.
A explosão de uma cultura baseada em reminiscência, de acordo com a socióloga Elizabeth Jelin, “coexiste e se reforça com a valorização do efêmero, o ritmo rápido, a fragilidade e transitoriedade dos fatos da vida” e “é em parte uma resposta ou reação [...] a uma vida sem âncoras ou raízes”. A História sempre foi vital para a humanidade, e agora isso se dá num sentido muito mais pessoal ou comunitário, e absolutamente cotidiano. Mais importante ainda: para todos, não apenas elites. Para grupos oprimidos, por exemplo, a recuperação e ressignificação de obras seculares – como se faz em A canção de Aquiles (da autora contemporânea estadunidense Madeline Miller) com a Ilíada, de Homero – é um trabalho de memória capaz de dar força e um certo sentimento de validação. Infelizmente, nossos rastros bibliográficos sofrem por censura ou degradação, seja natural ou humana.
Tempo, passado e memória são subjetivos e complexos, construídos por pessoas reais que vivem e sofrem, e suas instituições e organizações. A experiência humana é um emaranhado de vivências, próprias e alheias, sobrepostas, impregnadas, significadas, ressignificadas, perdidas. Infaustamente, esse excesso de passado às vezes vem em forma de esquecimento seletivo, instrumentalizado e manipulado, como ocorre com o crescimento do neonazismo no Brasil e no mundo inteiro. É um suspiro de alegria perceber como a História urge que nos distanciemos do passado aproximando-nos do mesmo.
Referências:
Philobiblon (Richard de Bury)
Los trabajos de la memoria (Elizabeth Jelin)
Os perigos de ser um exagerado (Editora Dublinense)
A história do 'maior ladrão de livros raros do Brasil' (BBC)
Obras raras roubadas são devolvidas à UFMG (Revista Gestão Universitária)
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Dia Nacional do Livro
O primeiro livro editado no Brasil foi a obra de Tomás Antônio Gonzaga Marília de Dirceu, em 1808. a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro é a maior da América Latina e está entre as dez maiores do mundo.
O objetivo desta data é incentivar a prática da leitura entre jovens e adultos, uma vez que por meio dela é possível desenvolver o senso crítico, estimular a criatividade e a imaginação, enriquecer o vocabulário dos leitores, habilidades essenciais para a formação cidadã.
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